Com a chegada ao Brasil, dos padres da Companhia de Jesus, no meado do século XVI, estes, com o objetivo de catequizar os silvícolas, internaram-se pelos sertões da Bahia e, dentre outros lugares, chegaram ao território do atual município onde encontraram uma aldeia tapuia, no ano de 1962, que veio a se chamar mais tarde Água Fria, e na qual passaram a residir e construíram uma igreja - São João Batista.
Aquelas terras faziam parte da sesmaria de Garcia D'Ávila, e a criação de gado e o estabelecimento de currais concorreram para o desbravamento do território, a partir de 1673, quando o sertanista João Peixoto Viegas incorporou terras e campos, inclusive os de Água Fria, conforme Carta régia de 9 de julho daquele ano.
Além destas penetrações, houve mais duas correntes de povoamento, uma em direção ao oeste pela Serra de Irará, na miragem do ouro e das pedras preciosas, e outra para leste, na caça de aborígines, varando as matas de Ouriçangas. Estas bandeiras deixaram uma igreja tradicional em Bento Simões e um templo católico notável no Arraial de Caroba, ambos monumentos marcantes dessa época.
Outras doações em sesmarias foram feitas a Diogo Alves e Campos e a Antonio Homem da Fonseca Correia, este último em meados do ano 1717, quando se registraram as primeiras explorações das terras no centro do atual município. Aí, Correia construiu uma capela dedicada à Nossa Senhora da Purificação, oferecendo-a a seu filho, Pe. Antonio Homem da Fonseca Correia e, próximo da mesma, uma casa da fazenda em local onde hoje se acha edificada a sede municipal e por onde passava a estrada real ligando o sertão ao porto de Cachoeira. É lendária a notícia de que a construção do templo referido se dera por gratidão à Virgem que fora vista por um vaqueiro, quando em perseguição a uma rês brava e fugida, a qual, com o aparecimento da Virgem, se tornara mansa. Em torno dessa capela começou o povoamento.


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